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Recentemente, o jovem Gerson Melo de Machado, mais conhecido como “Vaqueirinho”, de 19 anos, invadiu a jaula de uma leoa no zoológico de João Pessoa/PB e perdeu a vida. A vítima tinha diagnóstico de transtornos mentais e o caso trouxe à tona reflexões acerca dos tabus ainda existentes na sociedade sobre cuidados com a saúde mental.

Para a doutoranda em Psicologia e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Campina Grande, Aline Santos Soares, nos primórdios, havia uma compreensão para separar a mente do corpo. “Um dos principais pensadores dessa ideia era René Descartes. Aos poucos, outros estudos trouxeram novas reflexões. E, atualmente, não conseguimos compreender o ser humano sem considerar suas conexões. Ou seja, a mente e o corpo estão em total conexão”.

De acordo com Soares, o caso do jovem Gerson promoveu a reflexão sobre a importância da saúde mental. Ela também destaca o quanto receber apoio de familiares e amigos é essencial para a formação de personalidade do indivíduo. “Buscar um psicólogo não é ‘coisa de doido’. Esse pensamento gera estigmas fortes, inclusive em públicos específicos. Na verdade, é preciso sensibilizar as pessoas sobre dificuldades em gerenciar emoções e nos relacionamentos interpessoais, questões que requerem intervenção”.

“Não somos super-heróis nem super-heroínas. É preciso reconhecer a necessidade de ajuda de profissionais especialistas, algo feito em diferentes áreas de cuidado. Por exemplo, a pessoa busca um fisioterapeuta ao sofrer um acidente que a limitou e um nutricionista para avaliar a educação alimentar. Já o psicólogo pode auxiliar nos diferentes tipos de conflitos internos responsáveis por abranger a psiquê”, finaliza.

Ascom Uninassau/CG