A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) recomendou, nesta sexta-feira (13), o arquivamento de parte da investigação da Operação Integration que envolve o cantor Gusttavo Lima. A operação apura possíveis práticas de lavagem de dinheiro através de jogos de apostas esportivas e do jogo do bicho.
A decisão da Procuradoria-Geral ocorreu após a juíza Andréa Calado da Cruz, da Justiça de primeira instância em Pernambuco, divergir do posicionamento dos promotores responsáveis, que haviam solicitado o arquivamento do segmento relacionado ao cantor. A Procuradoria manteve o entendimento dos promotores, e o caso retorna agora para a juíza avaliar o parecer apresentado.
Os desdobramentos da operação têm sido marcados por divergências entre os promotores e a magistrada, que apresenta maior alinhamento com as investigações da Polícia Civil. O novo parecer favorável ao arquivamento foi assinado pela subprocuradora-geral de Justiça para assuntos jurídicos, Norma Mendonça Galvão de Carvalho, em conjunto com o procurador-geral Marcos Carvalho.
A subprocuradora justificou o arquivamento das investigações sobre Gusttavo Lima e outros investigados, como o casal José André da Rocha Neto, proprietário da empresa VaideBet, e Aislla Rocha, argumentando que não há provas suficientes para sustentar a acusação de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em sua avaliação, “faltam elementos que permitam concluir pela prática de infrações penais”.
A investigação aponta que Gusttavo Lima foi inicialmente acusado de envolvimento em lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Polícia Civil. Segundo o inquérito, o cantor teria vendido um avião, através de sua empresa, à Esportes da Sorte, que posteriormente devolveu a aeronave alegando defeito na turbina. O mesmo avião foi então repassado aos donos da VaideBet. A subprocuradora, contudo, entendeu que as atividades da VaideBet e da Esportes da Sorte não estão interligadas no contexto das supostas irregularidades.