O Supremo Tribunal Federal divulgou uma nota nesta terça-feira (23) em que o ministro Alexandre de Moraes esclarece que se reuniu com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky pelo governo dos Estados Unidos, que foi posteriormente cancelada.
Segundo o esclarecimento, em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.
“O ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú”, diz o documento.
A nota é uma resposta a uma reportagem do jornal O Globo que afirmou que Moraes procurou Galípolo pelo menos quatro vezes para fazer pressão em favor do Banco Master. Ao menos três dos contatos foram por telefone, mas pelo menos uma vez Moraes se encontrou presencialmente com o presidente da autoridade monetária.
O escritório da mulher do ministro, Viviane Barci de Moraes, tem um contrato de prestação de serviços com o Master que previa o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais durante três anos a partir de janeiro de 2024, que renderia cerca de R$ 130 milhões no total.
O documento, segundo O Globo, estipulava que a missão do Barci de Moraes Associados era representar os interesses do Master e de Daniel Vorcaro junto ao Banco Central, à Receita Federal, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Congresso Nacional.
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