A Câmara Municipal de Campina Grande na sexta-feira (16), sediou uma audiência pública para discutir o projeto de duplicação da Avenida Francisco Lopes de Almeida. A iniciativa foi proposta pelo vereador Anderson Pila (PSB) e reuniu autoridades municipais, representantes do Ministério Público, comerciantes e membros da sociedade civil.
A mesa foi composta pelo prefeito Bruno Cunha Lima; pelo promotor de Justiça do Meio Ambiente e representante do Ministério Público, Hamilton de Souza Neves Filho; Joab Machado, secretário de Obras; Marcos Nogueira, Secretário de Planejamento; Vítor Matheus Ribeiro Félix, Superintendente da STTP; Denise Almeida de Oliveira, representante dos comerciantes da avenida. Estiveram presentes também: vereadores, comerciantes da região e demais membros da sociedade campinense.
Durante seu pronunciamento, o vereador Anderson Pila destacou a necessidade de conciliar o crescimento urbano com a preservação das atividades econômicas. “A cidade cresce, mas quem vive nela são as pessoas. E aqui é em nome delas que a gente quer debater e vai levantar a bandeira para isso. Aquelas pessoas que ali estão precisam também da mão do poder público”, afirmou.
O prefeito Bruno Cunha Lima também utilizou a tribuna para defender a duplicação da avenida, destacando os benefícios para a mobilidade urbana e a segurança no trânsito. “É a Avenida mais letal de Campina Grande, quando observados os dados do Núcleo de Estudos de Acidentes de Trânsito da STTP. Então, se nós sabemos disso, nós temos que procurar a solução. E a solução definitiva é a duplicação para as pessoas que vivem, que moram, que transitam ali. Tanto as de Campina, quanto as que acessam a avenida vindas do Cariri”. disse. Segundo dados trazidos, a via tem um fluxo médio diário de 21.000 veículos, e a duplicação visa reduzir acidentes e facilitar o tráfego.
Joab Machado, Secretário de Obras, apresentou os detalhes técnicos do projeto: “Então a avenida se conecta junto a BR230, junto ao canal de Bodocongó e também tem as conexões com as artérias principais do município que são: a avenida Floriano Peixoto, a avenida Almirante Barroso e a avenida Dinamérica. Então, todas essas artérias vão se comunicar e vão se conectar junto à avenida Francisco Lopes de Almeida (…) São dois quilômetros de via duplicada, são 17 mil quilômetros de calçadas novas”. Pontuou
O promotor Hamilton Neves foi enfático ao tratar da ocupação do canteiro: “Cabe ao Ministério Público chamar a atenção de todos os atores envolvidos. Primeiro nós estamos diante de invasões e ocupações de áreas públicas (…) para sanar essa situação, não há outra saída ao município de Campina Grande se não cumprir e devolver a via pública a todos os munícipes”.
Hamilton explicou que, por lei, a regularização fundiária só se aplica a habitações: “A legislação municipal, em conjunto com a federal, ela prevê a possibilidade de regularização fundiária para interesse social, em caso de moradia. Não é o caso de pontos comerciais. Pode, entretanto, com a autorização legislativa, que inserido no processo, nesse processo administrativo interno de regularização fundiária no município, a prefeitura relocar, com a autorização, repito, com parceria do Legislativo, com a legislação própria, relocar os comerciantes para uma área que o município possua”, destacou.
A representante dos comerciantes, Denise Almeida de Oliveira, falou em nome dos trabalhadores afetados. “A duplicação da avenida, sem dúvidas, é uma obra que traz promessa de progresso, mas não deve ser a custo da destruição de futuro de quem sempre esteve ali e fez tudo pela nossa cidade também. Será que Campina não é grande para acolher todos nós? Será que não tem lugar para todo mundo trabalhar? para a gente que gera empregos, que movimenta a economia da cidade? Finalizou.
Paraiba21 com DIVICOM