A Justiça Eleitoral da Paraíba julgou improcedente, nesta sexta-feira (14), a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida contra Bruno Cunha Lima (UB), prefeito de Campina Grande, e seu grupo político. A acusação de que o gestor teria criado um suposto “Gabinete do Ódio”, composto por servidores municipais para disseminar fake news contra adversários, não foi comprovada.
Está é a terceira Aije proposta pelo candidato derrotado nas eleições de 2024, Johny Bezerra (PSB), contra o prefeito reeleito Bruno Cunha Lima (UB), que é rejeitada pela Justiça Eleitoral paraibana.
Na decisão, o juiz Cláudio Pinto Lopes, da 16ª Zona Eleitoral, destacou que não há qualquer prova robusta de que servidores públicos tenham sido utilizados para ações de ataque contra opositores. Segundo a sentença, o material anexado à ação consistia apenas em publicações de redes sociais pessoais e grupos privados de WhatsApp, sem impacto relevante no processo eleitoral. “A suposta formação do ‘Gabinete do Ódio’ deveria ter sido comprovada por meio documental, com individualização de condutas e demonstração de retorno financeiro ou favorecimento, o que não foi apresentado”, pontuou o magistrado.
A defesa do prefeito criticou o caráter da denúncia. O advogado Rodrigo Rabello, coordenador jurídico da campanha de Bruno Cunha Lima, classificou a ação como um movimento político sem fundamentos jurídicos.
“A defesa se manifesta com muita tranquilidade com relação à improcedência, afinal de contas já era esperada. A ação foi carente de provas, foram alegações politiqueiras trazidas na petição inicial. Inclusive, é de se destacar que essa ação foi ajuizada às vésperas do segundo turno, denotando um nítido caráter politiqueiro da sua propositura”, declarou Rabello.