Na última quarta-feira (27), o UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande promoveu o I Simpósio Falas Negras. O evento dedicado à celebração da cultura afro-brasileira e ao debate sobre a importância do combate ao racismo.
Durante o evento, a coordenadora do curso de Psicologia da Instituição, Renata Pimentel, ressaltou a relevância de trazer esse tema para o ambiente acadêmico. “É nossa obrigação, conforme preconiza o código de ética da Psicologia, assumir um compromisso sociopolítico. Não basta apenas não ser racista; é preciso ser antirracista”, pontuou.
“Se não reconhecemos a categoria social cor da pele, desconsideramos um processo sócio-histórico que baliza todas as relações sociais. É inspirador ver um auditório tão cheio para discutir e refletir sobre nosso papel no enfrentamento ao racismo ainda existente em nossa sociedade”, acrescentou Renata Pimentel.
A programação teve início pela manhã com a mesa-redonda “Ocupando espaços, ampliando vozes: A importância da presença negra no ensino e na produção de conhecimento”, na qual docentes negros da UNINASSAU compartilharam suas vivências e desafios na produção acadêmica. Logo após, o historiador e doutor em História Antônio Clarindo ministrou a palestra “Cultura Negra em Evidência: O papel das ações políticas na valorização e afirmação da identidade afro-brasileira”, destacando a importância da mobilização política na preservação das tradições culturais.
No período da noite, o simpósio continuou com a mesa-redonda sobre o tema “Ritmos, Movimentos e Estilos: A valorização da arte negra nas trilhas da música, dança e moda”, que contou com a presença de personalidades afrodescendentes locais atuantes nessas áreas. O encerramento ficou por conta do debate “Psicologia Afrocentrada: Fortalecendo a Identidade Negra e promovendo o bem-estar coletivo”, conduzido por psicólogas afro-brasileiras que discutiram os cuidados com a saúde mental da população de origem africana.
Ascom UNINASSAU/CG