De acordo com o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), seis em cada dez escolas do Ensino Fundamental adotam regras para o uso do celular na sala de aula, permitindo em apenas alguns espaços e horários. Como a utilização excessiva pode provocar vício, é necessário pensar nos impactos positivos e negativos causados pela presença desse eletrônico no ambiente escolar.
“O uso consciente desse aparelho na sala de aula pode proporcionar a pesquisa, curiosidade, interatividade e gamificação, além de fortalecer uma aprendizagem mais significativa ao experienciar conteúdos em tempo real, corroborando com as metodologias ativas”, destaca Antônio Gutemberg, doutor em História Social e docente do curso de Psicologia da UNINASSAU Campina Grande. Porém, a utilização desordenada pode provocar dependência, sono desregulado, dificuldades de concentração e picos de ansiedade.
O especialista ressalta que a tecnologia é uma realidade que precisa ser debatida, pensando nas ferramentas como aliadas. “O trabalho de conscientização não deve perpassar somente pela escola, mas também chegar às famílias para que, assim, possam melhor orientar seus filhos”, acrescenta.
Dicas para o uso consciente
Antônio Gutemberg sugere algumas orientações para atingir o equilíbrio entre aprendizagem e uso do celular. “Muitos pais, na tentativa de fazer com que os filhos diminuam o excesso de tela, optam por medidas mais radicais, como a proibição total. Essas medidas acabam prejudicando ainda mais as relações familiares e têm efeito negativo”, alerta.
As dicas são: negociar o tempo de tela; fazer uso seguro de sites, programas e jogos; não exceder o tempo dedicado ao descanso; ofertar alternativas de lazer, como atividades físicas, e priorizar as relações pessoais. O celular, além de uma ferramenta de entretenimento, pode ser um aliado aos estudos e recurso didático.
Ascom Uninassau/CG