A disputa pelas prefeituras pode tirar ao menos 60 deputados dos trabalhos legislativos no Congresso Nacional. A Câmara conta com congressistas de 17 partidos como pré-candidatos para as eleições de 2024, segundo levantamento do Congresso em Foco.

As pré-candidaturas se concentram principalmente no Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, e no Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. São 12 deputados petistas que já articulam para serem candidatos às prefeituras brasileiras. Entre os integrantes do PL, o número chega a 15.

No total, são 61 congressistas pré-candidatos, com 60 deputados e um senador, Eduardo Girão (Novo-CE):

Eduardo Girão (Novo) Ceará – Fortaleza
Nicoletti (União Brasil) Roraima – Boa Vista
Kim Kataguiri (União Brasil) São Paulo – SP
Coronel Ulysses * (União Brasil) Acre – Rio Branco
Paulinho Freire (União Brasil) Rio Grande do Norte – Natal
Fernando Máximo (União Brasil) Rondônia – Porto Velho
Carol Dartora (PT) Paraná Curitiba
Natália Bonavides (PT) Rio Grande do Norte Natal
Rogério Correia (PT) Minas Gerais – Belo Horizonte
Camila Jara (PT) Mato Grosso do Sul – Campo Grande

Denise Pessôa (PT) Rio Grande do Sul – Caxias do Sul
Dimas Gadelha (PT) Rio de Janeiro – São Gonçalo
Adriana Accorsi (PT) Goiás – Goiânia
Maria do Rosário (PT) Rio Grande do Sul – Porto Alegre
Waldenor Pereira (PT) Bahia – Vitória da Conquista
Washington Quaqua (PT) Rio de Janeiro – Maricá
Zé Neto (PT) Bahia – Feira de Santana
Alencar Santana (PT) São Paulo – Guarulhos
Alexandre Ramagem (PL) Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Carlos Jordy (PL) Rio de Janeiro – Niterói

Abílio Brunini (PL) Mato Grosso – Cuiabá
Gustavo Gayer (PL) Goiás – Goiânia
Sargento Gonçalves (PL) Rio Grande do Norte – Natal
Fernando Rodolfo (PL) Pernambuco – Caruraru
Capitão Augusto (PL) São Paulo – Bauru
Rosana Valle (PL) São Paulo – Santos
André Fernandes (PL) Ceará – Fortaleza
Marcos Pollon (PL) Mato Grosso do Sul – Campo Grande
Capitão Alden (PL) Bahia – Feira de Santana
Ricardo Salles (PL) São Paulo – São Paulo

Filipe Barros* (PL) Paraná – Londrina
Delegado Éder Mauro (PL) Pará – Belém
Junio Amaral (PL) Minas Gerais – Contagem
Duda Salabert (PDT) Minas Gerais – Belo Horizonte
Marcos Tavares (PDT) Rio de Janeiro – Duque de Caxias
Max Lemos (PDT) Rio de Janeiro – Queimados
Katarina Feitoza (PSD) Sergipe – Aracaju
Josivaldo JP (PSD) Maranhão – Imperatriz
Luísa Canziani (PSD) Paraná – Londrina
Ricardo Silva (PSD) São Paulo – Ribeirão Preto

Ricardo Guidi (PSD) Santa Catarina – Criciúma
Duarte Jr (PSB) Maranhão – São Luís
Tabata Amaral (PSB) São Paulo – São Paulo
Luciano Ducci (PSB)Paraná – Curitiba
Tarcísio Motta (Psol) Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Guilherme Boulos (Psol) São Paulo – São Paulo
Talíria Petrone (Psol) Rio de Janeiro – Niterói
Daniel Trceziak (PSDB) Rio Grande do Sul – Pelotas
Beto Pereira (PSDB) Mato Grosso do Sul – Campo Grande
Amom Mandel* (Cidadania Amazonas) Manaus

Alex Manente (Cidadania) São Paulo – São Bernardo do Campo
Antonio Andrade (Republicanos) Tocantins – Porto Nacional
Ricardo Ayres (Republicanos) Tocantins – Palmas
Aliel Machado (PV) Paraná – Ponta Grossa
Otoni de Paula (MDB) Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Fábio Teruel (MDB) São Paulo – Osasco
Rafael Brito* (MDB) Alagoas – Maceió
Túlio Gadelha (Rede) Pernambuco – Recife
Pedro Aihara (PRD) Minas Gerais – Belo Horizonte
Ruy Carneiro (Podemos) Paraíba – João Pessoa
Pastor Isidório* (Avante) Bahia – Salvador

Pré-candidaturas, como o nome indica, ainda não foram oficializadas e podem ser alteradas por articulação interna dos partidos ou ainda por alianças com outras siglas. Uma dessas movimentações é a janela partidária, período em que deputados podem mudar de legenda sem correrem o risco de perder o mandato, que pode possibilitar a candidatura de outros nomes. A janela começa em 7 de março e vai até 5 de abril. Assim, há possibilidade de o número de congressistas que realmente sairá como candidato aumentar ou diminuir até 9 de maio.

Um exemplo disso é o deputado e ex-ministro Ricardo Salles (PL). Ele se coloca como pré-candidato para a prefeitura de São Paulo. No entanto, o PL está dividido sobre a cidade.

Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, defende apoiar a tentativa de reeleição de Ricardo Nunes (MDB) na capital paulista. A expectativa é o PL indicar uma pessoa para ser vice com Nunes. Há bolsonaristas, porém, que defendem que a cabeça de chapa fique com alguém do próprio partido, sendo Ricardo Salles o principal nome especulado.

Seja qual for a solução do PL, o partido quer ter um representante na principal capital brasileira para ir contra outro deputado que deve ser candidato em 2024: Guilherme Boulos (Psol). O atual congressista tentará mais uma vez ser eleito em São Paulo. Sua vice deve ser a ex-prefeita Marta Suplicy, que retornará ao PT. O grupo político de Bolsonaro não quer entregar a cidade para aliados de Lula.

O embate entre PT e PL deve se repetir em outras cidades brasileiras. Para o PT, a disputa pelas prefeituras será uma oportunidade para “organizar e consolidar a base popular necessária para mudar a correlação de forças políticas e mudar o Brasil”, segundo resolução do Diretório Nacional do partido em 2023.

Já o PL tem como objetivo conquistar mais de 1.500 prefeituras. Segundo Valdemar, essa marca será atingida defendendo valores conservadores e mantendo a oposição ao PT, sem “a menor possibilidade de o Partido Liberal formar qualquer tipo de coligação ou acordo” com os petistas, segundo já divulgou em seu perfil nas redes sociais.

 

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