O secretário de Saúde de Campina Grande, Carlos Dunga Júnior, foi à Secretaria de Estado da Saúde na tarde desta quinta-feira, 9, para apresentar ao secretário estadual, Johny Bezerra, os dados sobre o atendimento do Município nas áreas de obstetrícia e oncologia. Dunga demonstrou que Campina Grande supera o teto de produção na Média e Alta Complexidade mensalmente e que a maioria dos procedimentos regulados pela cidade é de outros municípios.

Dessa forma, Campina Grande arca com os custos dos procedimentos de residentes de outras cidades, uma vez que os recursos pactuados e destinados pelos municípios são insuficientes para atender aos seus munícipes. Ou seja, a Secretaria Municipal de Saúde funciona proporcionalmente como uma Secretaria Estadual de Saúde.

“Nunca deixamos de atender nenhum morador de outra cidade referenciado para Campina Grande. Por isso, demonstramos ao secretário Jhony essa situação e solicitamos uma contrapartida do Estado. Acertamos de nos reunir para debater a questão da oncologia e já encaminhamos um convênio para haver uma suplementação do estado na área de obstetrícia”, disse Carlos Dunga. Durante a audiência, que foi solicitada pelo Município, o secretário do Estado prometeu criar um grupo de trabalho para discutir o assunto.

O Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) recebe pacientes de até 180 municípios e mais de 60% dos atendimentos são de gestantes de outras cidades. A maternidade, que tem o perfil para assistência a casos de alta gravidade, é a maior da Paraíba e realiza mais de 7 mil partos por ano. O ISEA dispõe, inclusive, de uma Casa da Gestante, para abrigar as mães de localidades distantes do estado durante a internação dos recém-nascidos.

Na Oncologia, a Prefeitura de Campina Grande tem convênio com o Hospital da FAP e o Hospital Universitário Alcides Carneiro. Ambos atendem municípios da segunda Macrorregião de Saúde e de outras macrorregiões. Campina Grande paga com rubricas do Tesouro Municipal os procedimentos realizados por outras cidades que extrapolam os recursos enviados pelas prefeituras e pelo Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia, as receitas das pactuações do ano inteiro em algumas áreas são executadas em meados de maio e outras chegam a no máximo junho. Todo o restante é financiado pela Secretaria Municipal de Saúde.

HELP
Paralelamente, o secretário Dunga Júnior também está em negociação para início do atendimento de obstetrícia e de oncologia no Hospital HELP, por meio de contrato com o Município. A unidade hospitalar apresenta a melhor estrutura do Norte/Nordeste nas áreas.

Além disso, a cidade também vai receber uma unidade de prevenção do Hospital de Amor para rastreio do câncer de mama e do câncer do colo do útero no público feminino. O Hospital de Amor vai funcionar na estrutura do HCA, que está em construção, no bairro Dinamérica, onde também futuramente será implantado o Hospital Materno Infantil.