Nesta quarta-feira (25), atendendo uma propositura do vereador presidente, Marinaldo Cardoso (Republicanos), aprovada por unanimidade, foi realizada uma Audiência Pública com o objetivo de debater a campanha Maio Amarelo em Campina Grande.

Na justificativa da sua propositura, o presidente Marinaldo Cardoso, disse que a intenção da audiência foi colocar em pauta o tema da segurança do trânsito, chamando atenção da sociedade civil organizada, e toda a população, para a importância de medidas que contribuam com a segurança do trânsito. Ele destacou o trabalho de prevenção realizado pela STTP na cidade, sempre contando também com o apoio da PRF e de outros órgãos que trabalham com o trânsito.

Marinaldo ressaltou também o trabalho desenvolvido pela Casa Legislativa, que tem contribuído no sentido de alavancar o processo de educação do trânsito. Ele citou algumas leis de sua autoria, que foram aprovadas, como por exemplo, as de nº 4.962, 5.562, 6.056, 6.092, 6.029, além de tantas outras que buscam organizar a estrutura de trânsito no município. Fez um destaque especial, a lei aprovada no dia de ontem, que prevê a criação do Dia Municipal em memória às vítimas de acidente de trânsito na cidade, uma ideia que foi proposta por Jefferson Farias, repassando ao executivo, podendo ser aprovada pela CASA.

Também fez referência a contribuição feita pela CASA, através da aprovação de diversos requerimentos, que solicitam o estudo técnico para implementação de lombadas físicas e eletrônicas, de semáforos, entre tantos outros, com o objetivo de buscar melhorias na vida dos pedestres campinenses.

Por fim, o presidente Marinaldo também mencionou alguns dados sobre os acidentes de trânsito no país, que representam a necessidade urgente da população desenvolver consciência da importância do tema trazido e possa a partir disso, tomar decisões mais assertivas.

Segundo dados da OMS, entre 2020 e 2030, estima-se que 20 milhões de pessoas serão vítimas de acidentes, irão sobreviver, mas continuarão com graves. ‘Com o processo de discussão do tema, vamos ajudar na construção de uma cidade forte, segura e mais inteligente’ – finalizou.

HISTÓRICO – O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US $518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobrevivem aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

Participaram da audiência: Carlos Dunga Júnior, superintendente da STTP; Victor Sales, chefe da 2ª Delegacia da PRF da Paraíba; Major Rallysson Andrade; Victor Ribeiro, diretor financeiro da STTP; Aracy Brasil, gerente de Transporte; Jefferson Farias, Gerente de Trânsito e Presidente do Núcleo de Acidente de Trânsito; Joana Santos – Agente de Trânsito e Chefe da Divisão de Educação de Trânsito da STTP.

Paraiba21 com DIVICOM/CMCG