O pastor Silas Malafaia teve um mandado de busca e apreensão expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (20).

Malafaia foi abordado por agentes da PF (Polícia Federal) no aeroporto do Galeão depois de uma viagem a Portugal e teve o celular apreendido.

De acordo com documento assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, também foram impostas medidas cautelares alternativas à prisão.

Pela decisão, Malafaia teve o passaporte apreendido e está proibido de sair do país, além de se comunicar com outros dois investigados: Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro, inclusive por meio de advogados.

A investigação faz parte do inquérito que apura a conduta do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Durante as apurações, a PF identificou conversas entre Bolsonaro e Malafaia a partir do dia 9 de julho de 2025, data do anúncio do tarifaço dos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Segundo o STF, os diálogos justificam as medidas cautelares pleiteadas.

“A análise do material probatório arrecadado identificou que o indivíduo Silas Lima Malafaia, conhecido líder religioso, vem atuando de forma livre e consciente, em liame subjetivo com os demais investigados, na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas que, em última instância, visam coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário”, diz a investigação.

A reportagem entrou em contato com Silas Malafaia, que ainda não se manifestou.

R7